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Você se conhece?

Falar que se conhece parece fácil… Você pode me responder:


“Lógico que me conheço. Eu respiro, meu coração bate, tenho fome, sono…vou e volto, sinto coisas, penso, reajo às situações do dia-a-dia, tenho raiva, revolta, medo, angústia, sinto alegria, amor e tenho preocupações e opiniões próprias diante das situações da vida.”


Agora eu pergunto:


Qual a consciência que tem dos movimentos e da saúde de seu corpo?

Qual a qualidade dos nutrientes que ingere e o motivo?

Porque faz o que faz para se sentir útil no mundo?

Realmente se sente útil ou vai vivendo?

Suas emoções tem base no seu real temperamento ou já vive sob a orientação da sociedade ou do meio que o cerca?

Suas reações são baseadas no fato em si ou estão trazendo vivências dolorosas anteriores que potencializam a reação atual?

Seu mundo presente está baseado no sofrimento passado e se priva de algo por medo de sofrer novamente?

Se sente livre para novas experiências porque tudo foi um aprendizado ou ao lembrar do fato todas as emoções afloram novamente?

Busca viver novas experiências mas velhas as situações voltam a aparecer em sua vida mesmo que faça de tudo para ser diferente?

Tenta várias formas de mudanças, novas atividades, muda de casa, bairro, trabalho e vê que sua tão esperada felicidade nunca chega?


Caso concorde com alguma questão, venho dizer que o autoconhecimento é algo muito profundo. Um caminhar constante para dentro de si mesmo e que vai além do que vivemos e reagimos no dia-a-dia.


É preciso parar, pensar e analisar sobre você, suas reações e sentir até que ponto é você na sua real natureza ou já está modificada pelo meio em que vive. Observar se as modificações que fez foi para agradar e ser aceita no meio, porém, está vivendo num automático que deixa você infeliz.

Muitas pessoas estão hoje falsamente felizes, sem saber disso.


Às vezes é preciso passar por situações de grande impacto emocional para parar e sentir essa necessidade de se olhar mais de perto.


Fazer essa busca sozinha não é fácil.

Nem nós terapeutas conseguimos ir tão dentro de nós mesmos sem ajuda profissional de quem nos olha de fora, ouve e interpreta o sentido do que falamos e expressamos no mundo.


Descobrir que precisamos de ajuda para o autoconhecimento real é um grande susto inicialmente.


Depois que o tempo passa e observamos em nós as mudanças, os motivos de reações e pensamentos, o entendimento do que não é real mas sim uma ilusão de nossa mente, passamos a saber um pouco mais de quem realmente nós somos.


Descobrimos que somos maravilhosos! Nos aceitamos e aceitamos os outros.


Passamos a entender nossas emoções usando a nosso favor e a favor de todos sem querer ser diferente ou julgar como erradas nossas atitudes. Apenas foi o melhor naquele momento, dentro das habilidades que temos hoje, e ficamos abertos a sermos melhores na próxima vez.


Reconhecemos que ser diferente é a melhor parte de nós e o mundo precisa dessa expressão exclusiva nossa para compor os efeitos no mundo, contribuindo de alguma maneira.


Aceito que não sei o que é melhor para o mundo, que não sou Deus ou algo assim, mas faço a parte que me cabe, dentro do que quero ser e fazer.


Eu fico sempre do meu lado, buscando o equilíbrio que não é estático. É um auto se observar constantemente, para não cair nos extremos. Mas se cair, tudo bem…vamos voltando, sem se julgar.


A vida fica mais leve em mim e para os outros.


Acabo fazendo o que gosto e o meu melhor transforma o meio em que vivo.


Confio e aceito em mim a possibilidade de mudanças, de novos rumos, porque trago uma paz e uma certeza que vem do coração…O medo vai perdendo força e uma autoconfiança entra em seu lugar.


Me sinto forte e capaz. Tenho certeza que tenho um lugar no mundo que só é meu, e uma tarefa que só cabe a mim realizar, por isso, não preciso deixar para depois. Se der um medinho, um frio na barriga, vai assim mesmo, porque já senti um quentinho no coração quando o projeto surgiu.


Entendo que eu não sou uma máquina. Tenho meus momentos de preguiça e descanso…Me respeito nisso também. Tem hora que nesses momentos surgem novas ideias sem nem mesmo fazer força.


Sou aceito por onde passo não porque concordo com tudo, mas porque tenho minha opinião própria e posso contribuir. Se também não me sinto aceita, isso não me dói. Sei que ali não é o meu lugar e tudo bem, estou ouvindo as mensagens da vida que me levam para meu verdadeiro caminho.


Não tenho a pretensão de ter toda a verdade. Gosto de ouvir os outros, aprender mais em qualquer momento e lugar… Estou aprendendo a ouvir…


Quanto mais aprendo, mais vejo que nada sei e posso aprender mais. Então a frase de Sócrates: “Só sei que nada sei” é sempre atual para quem busca estar sempre aprimorando seu autoconhecimento.


Nesse caminho de busca, precisei de ajuda para ir no meu inconsciente tratar impressões vividas que nem sabia que tinha deixado um padrão no meu sistema, rodando um programa que buscava me proteger mas que me travava, pois o novo momento não precisava mais desse padrão.


Aí é que está a chave para o bem estar: se permitir ir nesse lugar não perceptível que influencia em todo seu ser: na sua saúde física, emocional, mental, energética e espiritual.

Porque somos tudo isso. Não tem como separar, mesmo quando escrevo separado.


Querer ir além de mim mesma me exigiu coragem…doeu…me deu raiva…mas agora virou só uma lembrança. Não tem mais a dor. Que alívio!


Por isso, sei que todos podem vencer o desconhecido inconsciente e limpar tudo que ele guarda de bagagem desnecessária para nossa vida hoje.


Por isso que, para quem está incomodado com sua situação atual, pode rever dentro de si o que está te prendendo, limitando ou angustiando.


Tá aí a razão de recomendar as terapias que faço. Passei e passo por elas sempre que sinto necessidade, pois agora já sei quando preciso.


HOJE me sinto livre e em paz comigo mesmo.


Desejo isso para você também.


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